HNSG presta homenagem para pacientes que ficaram internados pela COVID.
A Árvore de Natal, que fica na recepção do Hospital Nossa Senhora das Graças, tem chamado atenção de todos que passam por ali. É que neste ano, devido a pandemia, ela está diferente.
Montada pelo próprios colaboradores, os enfeites da árvore de Natal do HNSG ganharam mais de duzentos nomes dos pacientes que ficaram internados e venceram a Covid. E os pacientes que infelizmente não resistiram foram representados por uma estrela. Cada nome um sorriso, cada estrela uma lágrima de saudade, mas com a certeza de que tudo isso vai passar.
Essa foi a forma que o Hospital encontrou para ressignificar a data Natalina. Um singelo gesto para enfrentar melhor tudo isso com fé e esperança de que dias melhores estão por vir. “Todos os anos o hospital desenvolve uma ação de humanização nesse período do ano que é tão importante. A ideia de prestar homenagem a esses pacientes surgiu em uma reunião, e tivemos o envolvimento de diversas áreas do hospital, cada um teve uma participação importante em cada detalhe”, comenta Eduardo Filho, Gerente de Projetos Sociais do HNSG.
Ao fazer uma reflexão sobre o último ano, a psicóloga do HNSG, Juliana Cirino, que também atende os pacientes internados com a COVID, diz que, 2020, sem dúvidas, ficará marcado como um ano muito dificil e complexo para a maioria das pessoas. “Um ano de inúmeras perdas, de dor, de tristeza, de distanciamento. De muitas tribulações, mas que em contrapartida nos proporcionou também diversos aprendizados”, diz.
Ainda segundo a psicóloga, a palavra que mais simboliza o ano é ressignificação. “Sabemos que viver é estarmos sujeitos a passar por momentos bons e ruins, que nem sempre ou quase nunca estão no nosso controle, no entanto como reagir é a nossa escolha. Então talvez agora seja esse o momento, de aproveitarmos que estamos chegando no final do ano e trazer para reflexão o que pode ser diferente a partir de agora, o que nós queremos, o que vamos valorizar a partir desse momento. As festas serão diferentes, mas com certeza este ano sai de cena aquele lado material e entra o lado mais humano, mais próximo”, acrescenta.