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Comportamental

Estresse, o mal do século.

Especialistas do HNSG falam sobre o estresse, seus sintomas e quando é necessário procurar ajuda.

Existem momentos e situações que fogem do nosso controle, e que algumas vezes podem nos tirar da zona de conforto, causando o que vem sendo considerado o mal do século: o estresse.

O estresse está ligado ao aumento dos níveis de adrenalina e cortisol na corrente sanguínea e este aumento além de afetar a mente pode ocasionar doenças físicas. “O estresse vai ser considerado normal até certo estado. Ele pode ser até mesmo benéfico, pois em certa medida vai nos manter mais alertas e aptos a resolver nossos conflitos. Contudo, quando a pessoa não consegue sair do estado estressante ele se torna um problema e até mesmo uma patologia”, afirma o psicólogo do Hospital Nossa Senhora das Graças, José Palcoski.

Os sintomas muitas vezes podem passar despercebidos, por isso é importante a pessoa ficar atenta. “Os sintomas mentais são aflição, sensação de vazio, apreensão, medo ou pavor. E os sintomas físicos são variados. Dor de cabeça, visão embaçada, falta de ar, boca seca, tontura, zumbido no ouvido, tremor ou fraqueza, palpitações, diarreia, hipertensão arterial, entre outros”, esclarece o neurologista do HNSG, Dr. Cleverson de Macedo Gracia.

Ainda de acordo com o especialista, o estresse pode ser agudo, intenso ou crônico. “O estresse agudo pode levar a um quadro agudo de AVC, infarto do miocardio, e até perda do controle mental levando a um surto psicótico. Já o estresse crônico vai minando o organismo a longo prazo, causando doenças físicas como hipertensão, diabetes, depressão, perda de atenção e até outras doenças mais graves”, avalia.

O médico explica que o diagnóstico é simples, no entanto precisa ser preciso para que o problema não seja confundido com outros distúrbios. “O diagnóstico é clínico, considerando a história e o exame clínico do paciente. Exames complementares servem para descartar doenças físicas que podem simular os sintomas de ansiedade, por exemplo”, conta.

O tratamento varia com o diagnóstico e pode fazer diferença na vida do paciente. “Existem diversos tipos de tratamento, que variam de terapia, ansiolíticos, antidepressivos, até mudança de hábitos de vida”, diz o neurologista.

E para quem ainda tem dúvidas, o especialista faz um alerta. “É importante que as pessoas que estão ao lado observem a fisionomia e o humor. Quando surgir muita aflição, que já não há mais momentos de sossego e felicidade, chegou a hora de buscar ajuda”, orienta o médico.

Para o psicólogo do HNSG, José Palcoski, a ajuda especializada é indispensável, principalmente quando nota-se sintomas limitantes na vida da pessoa. “Podemos considerar como sintomas limitantes a insônia duradoura e persistente, quando a pessoa perceber sintomas depressivos, ou se notar mais irritado e explosivo. Ou mesmo quando considerar que sua qualidade de vida esta sendo muito afetada pela não adaptação da situação estressante”, diz José. “É necessário estar atento as condições e hábitos de vida, sinais de mau humor e de ansiedade, intercalando com períodos de lazer. Assim, há um equilíbrio com o estresse do dia a dia”, lembra.

Pessoas que apresentam maiores dificuldades em encontrar atividades de prazer ou de escape, acabam desenvolvendo maiores sintomas do estresse patológico. “Portanto orientamos que as pessoas que constantemente se vêm sob estresse tenham também momentos de prazer, oportunizando a liberação de um hormônio chamado cortisol, diretamente ligado ao processo de estresse”, finaliza.