Saiba quais são os fatores de risco, prevenção e tratamento.
Ele é considerado o terceiro tipo de tumor mais frequente no país. Também conhecido como câncer de cólon ou colorretal, o câncer de intestino tem seus sintomas muitas vezes negligenciados pela maioria das pessoas que fogem dos consultórios médicos .
O câncer colorretal é um câncer que acomete um segmento do intestino grosso – o cólon e o reto. A cirurgiã do aparelho digestivo do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dra. Carolina Gomes Gonçalves, explica que a maioria dos cânceres colorretais começa como um crescimento na camada mais interna da parede do intestino grosso, chamado pólipo. “Alguns tipos de pólipos podem transformar-se em câncer com o passar dos anos”, diz. Se diagnosticado precocemente tem cura, por essa razão, os médicos recomendam a realização de exames para pessoas em grupos de risco ou com mais de 50 anos de idade.
A doença pode não causar sintomas no início, mas se isso ocorrer os principais são – mudança do hábito intestinal, sangramento retal, sangue nas fezes, dor abdominal, fraqueza e fadiga, sensação de necessidade de evacuar e perda de peso. “Algumas vezes, o primeiro sinal do câncer colorretal é a presença de anemia no hemograma”, destaca Dra. Carolina.
Segundo a médica diversos fatores podem estar relacionados com o surgimento da doença. Obesidade, sedentarismo, tabagismo, idade acima de 50 anos, dieta rica em carnes vermelhas ou processadas, uso excessivo de álcool, idade e histórico familiar são alguns deles. “Mas possuir um fator de risco ou mesmo muitos não significa que você irá desenvolver a doença, e algumas pessoas que possuem a doença não apresentam nenhum fator de risco conhecido”, diz a médica. De qualquer forma o importante é buscar sempre a prevenção. “A iniciativa de modificação de todos os riscos evitáveis, podem diminuir o desenvolvimento deste câncer”, afirma a especialista.
Histórico Familiar
A médica alerta para casos em que há histórico familiar. “Se existe história familiar de câncer colorretal em mais de dois parentes de primeiro grau, e se um deles teve o câncer antes dos 50 anos, é possível que exista alguma herança genética para esta neoplasia”, comenta. Ela destaca que é importante verificar a idade que o parente de primeiro grau apresentou a doença e realizar a colonoscopia 10 anos antes que a idade. “Por exemplo, um parente de primeiro grau teve câncer aos 40 anos, então você deverá fazer a colonoscopia aos 30 anos de idade”, explica.
Diagnóstico e Tratamento
A investigação médica é feita por meio de testes genéticos ou colonoscopia. O exame mais importante e eficiente continua sendo a colonoscopia, que consegue visibilizar todo o cólon e reto, e se encontrar algum pólipo pode retirá-lo, evitando que se transforme em um tumor maligno (prevenção). A idade para início do rastreamento do câncer colorretal em toda a população é aos 50 anos exceto em casos em há histórico familiar. “As vezes é necessário iniciar aos 20 anos ou até mesmo aos 12 anos nas doenças hereditárias”. Outros exames também podem ser utilizados em algumas situações, tais como o enema de duplo contraste ou a tomografia e a colonoscopia virtual.
O câncer de cólon e reto pode ser curável se for tratado precocemente, quando o câncer ainda está nos estágios iniciais. “Por isso a importância da detecção precoce destes tumores ou até mesmo da ressecção de pólipos antes mesmo destes se transformarem em cânceres”, diz a médica.
O tratamento é cirúrgico. A cirurgia de câncer de cólon pode ser minimamente invasiva, ou seja, por laparoscopia. Em algumas situações, no câncer de reto, é necessário a realização de radioterapia e quimioterapia antes de realizar a cirurgia.