Ortopedista do HNSG dá dicas de como tratar e prevenir a doença.
A cervicalgia é um problema de saúde que vem afetando cada vez mais a população, muitas vezes ocasionada pelo uso em excesso de celular, estresse, vícios posturais e até mesmo a falta do exercícios físicos. “Na maioria das vezes os sintomas se limitam a dor, sensação de fadiga, queimação, peso, tensão e amortecimento no pescoço e na musculatura da parte de cima dos ombros”, diz o ortopedista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Sergio Mulinari.
A cervical começa logo abaixo do crânio e vai até o topo da coluna torácica, abrangendo a nuca e o pescoço. É a região mais flexível da coluna, que consiste de 7 vértebras, e discos intervertebrais que são responsáveis por absorver o impacto, músculos e ligamentos que ajudam a manter a coluna no lugar. Segundo o ortopedista, ao sentir dor nessa área do corpo, pode ser que o pescoço esteja mudando severamente a maneira como funciona. “Isso acaba exigindo compensação por parte de outros segmentos, podendo afetar os braços, o restante da coluna e até mesmo a respiração e a digestão”, explica o médico.
Algumas medidas simples podem aliviar a dor, como mudar de posição corporal, um banho quente de chuveiro, um alongamento ou o uso de analgésicos fracos. Mas, de acordo com o médico, é preciso ter cuidado para não mascarar um quadro crônico. Por isso, para os quadros estabelecidos ou recorrentes com frequência, é necessário o diagnóstico médico apropriado.
O diagnóstico de cervicalgia é feito pela história clínica, sintomas e exame físico do paciente. Para o tratamento, a indicação de massagens, analgésicos, acupuntura e calor local, como a aplicação de bolsa quente ou chuveiro são algumas das recomendações médicas. Também podem ser indicadas sessões de fisioterapia. “Precisamos lidar com as causas”, acrescenta Dr. Mulinari. Se a causa não for tratada, aliviando apenas os sintomas, a chance do problema persistir é grande.
O médico destaca que, de acordo com a literatura, 80% das pessoas podem desenvolver a cervilcagia, e que dessa porcentagem, em 15 a 20% dessas pessoas o problema pode se tornar crônico. “Mesmo assim, 95% dos casos se resolvem com fisioterapia e disciplina. Um grupo muito pequeno de pessoas não evolui bem, podendo ser necessário tratamento cirúrgico”, afirma.
Confira as dicas do ortopedista para evitar a cervicalgia
1 > Diminua o uso do celular.
2 > Controle da rotina: não fique muitas horas na mesma posição, seja no trabalho, em casa, em viagem.
3> Intervalo: a cada 50 minutos mude de posição, mesmo que seja só por alguns minutos.
4> Faça exercícios: Lembre, a coluna não está preocupada com as suas necessidades.