Ir para o conteúdo
Aconteceu

HNSG completa 65 anos

Comemoração foi marcada com peça teatral que resgatou diversos fatos históricos do hospital.

No mês de outubro, colaboradores e médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças reviveram experiências antigas e viajaram por fatos históricos da criação do Hospital. Encenada por atores profissionais – caracterizados de irmãs, médicos e colaboradores, a peça de teatro “Graças à Vida: Uma viagem no Tempo” marcou as comemorações dos 65 anos de existência do HNSG.”Não há como comemorarmos o aniversário do Graças sem olharmos para trás e revivermos lembranças de uma trajetória repleta de amor e dedicação, uma história que não começou há 65 anos, mas das sementes que nos foram deixadas há mais de 400 anos por São Vicente de Paulo e Luiza de Marillac, para dedicação genuína a serviço do próximo”, diz a Diretora Geral do HNSG, Irmã Maria de Fátima Sobral.

Quando o HNSG iniciou o seu atendimento, em 4 de outubro de 1953, existiam poucas tecnologias – apenas o laboratório e o raio x como apoio para investigação médica.  Para saber se estava tudo bem com o bebê, os médicos utilizavam um estetoscópio de madeira para ouvir os batimentos do feto nas mulheres grávidas. Descobrir se uma mulher estava grávida também não era tão simples como nos dias de hoje. Na época, utilizava-se a técnica Reação de Galli Mainini, com ajuda de sapos. Essas e outras curiosidades são alguns dos acontecimentos que foram apresentados na peça. “Reunimos trechos baseados em depoimentos verídicos das Irmãs da Companhia das Filhas de Caridade de São Vicente de Paulo que fundaram o Hospital e, também, de alguns médicos. O enredo tem uma história forte e vitoriosa, que trata com fé, tecnologia e cuidado de tantas vidas humanas, trazendo aspectos da evolução da medicina para o presente”, diz a atriz e diretora teatral Anna Martha Sá.

Entre aspectos históricos, o espetáculo retrata fatos que são lembrados de forma divertida por médicos do corpo clínico do Hospital que atuam na instituição desde a década de 60. Naquela época, por exemplo, para que os médicos ficassem acordados durante as longas cirurgias, o capilé era a bebida preferida dos cirurgiões. Os médicos bebiam capilé antes da cirurgia ou durante, neste caso, com um canudinho servido por alguém, para dar energia e evitar que tivessem uma crise de hipoglicemia durante as horas em que realizava a cirurgia. Também, quando ainda não era tão comuns os aparelhos telefônicos nas residências, os médicos plantonistas do HNSG eram avisados por taxistas para virem até o hospital prestar algum atendimento. Se o médico não estivesse em casa, ele deixava um bilhete com o endereço para o taxista lhe encontrar onde estava.

Homenagem às Irmãs Vicentinas

Após o término da peça, as Irmãs receberam uma singela homenagem. Em meio a aplausos dos colaboradores, cada Irmã recebeu uma rosa em agradecimento, um pequeno gesto de carinho em retribuição à missão que elas se dedicam diariamente. “Para o hospital se tornar o que é hoje encontramos muitas dificuldades, mas nunca pensamos em desistir, mesmo nos tempos difíceis, nossa dedicação foi sempre pensando nos pacientes que precisavam do hospital”, comenta Verônica Tartas, Irmã Filha da Caridade de São Vicente de Paulo, uma das primeiras diretoras da Instituição.